A computação em nuvem se tornou o modelo escolhido para modernizar os portfólios de TI, com as empresas ganhando agilidade e velocidade no mercado ao utilizar softwares em nuvens públicas. Contudo, cada vez mais CIOs estão construindo o que é chamado de sistemas de nuvem híbrida, nos quais transferem aplicações de negócios entre nuvens públicas como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP), e nuvens privadas rodando internamente ou até mesmo hospedadas por um provedor.
As principais tendências que moldarão a adoção de serviços em nuvem em 2020 são:
1. O Mundo da Nuvem Híbrida
A maioria das empresas adquire serviços em nuvem de dois ou mais provedores, uma tendência que continuará a ganhar força em 2020, à medida que os gastos globais com nuvem pública se aproximam de US$ 300 bilhões, de acordo com a Forrester Research. As empresas frequentemente escolhem a AWS para aplicações voltadas para o cliente, Azure para serviços de negócios e GCP para análise – o provedor que faz mais sentido para um cenário de negócios específico.
Mas as empresas também mantêm alguns aplicativos próximos a nuvens privadas ou alternam dinamicamente aplicativos entre sistemas públicos e privados. Por razões de segurança ou custo, algumas organizações revertem aplicações de nuvens públicas para sistemas internos, um processo conhecido como repatriação. Este foi o caso de 73% dos 2.650 tomadores de decisão de TI entrevistados pela Vanson Bourne para a Nutanix.
2. Escalar o seu Ambiente de Nuvem
Empresas que dependem demais da nuvem pública perdem dinheiro após os primeiros 12 a 18 meses devido ao excesso de provisionamento de recursos que não consomem. Por exemplo, alguns desenvolvedores de aplicativos acidentalmente deixam cargas de trabalho na nuvem durante o fim de semana, resultando em milhões de dólares em multas.
Os CIOs devem desenvolver uma estratégia que lhes permita otimizar as operações em nuvens públicas e privadas. Uma solução que os CIOs estão apoiando inclui o FinOps, uma combinação de práticas de gestão de negócios e software de análise que calcula o consumo da nuvem após a migração.
3. Modernizar Aplicações
Muitos CIOs têm endossado a migração de aplicativos para a nuvem, mas essa prática não é suficiente para gerar agilidade.
Líderes devem alavancar contêineres e microsserviços para tornar as aplicações portáteis e decomponíveis. Sistemas cloud-native, incluindo serviços de orquestração da AWS, Azure e GCP, que automatizam a implantação, escalonamento e gerenciamento de contêineres, permitem mudanças rápidas e inovação contínua.
Uma abordagem cloud-native também cria mais desafios, incluindo a capacidade de gerenciar clusters de contêineres rodando em um ambiente multicloud. Em vez disso, muitos CIOs estão criando medidas de interrupção, como usar o software VMware para rodar servidores virtuais na AWS ou Azure.
4. Requalificação para a Nuvem (Reskilling)
Os CIOs que seguem este caminho precisam atualizar mais do que apenas a tecnologia: usar a nuvem para impulsionar a inovação e criar valor também requer uma transformação de pessoas, processos e cultura. As habilidades de computação em nuvem exigem novo treinamento em orquestração de contêineres e microsserviços, bem como em DevOps.
Na Capgemini, os funcionários da empresa foram treinados em linguagens de programação como Java Spring, Python e outras linguagens modernas. Mas as linguagens são apenas um aspecto: para entregar serviços digitais ao mercado em tempo hábil, as organizações devem migrar para modelos de entrega baseados em produto.
Parece fácil, mas os CIOs devem classificar os funcionários por valor de nuvem, superando a resistência entre aqueles que não querem dar um salto na infraestrutura local. Sim, mesmo em 2020. Isso ajudará sua empresa a salvaguardar seu futuro e atrair a próxima geração de talentos.
5. Serverless
O Kubernetes venceu de forma convincente a guerra pela orquestração de contêineres, mas centenas de projetos de código aberto e fornecedores disputarão a atenção dos desenvolvedores em 2020, prevê a Forrester Research. Service meshes, que agrupam microsserviços para reduzir a sobrecarga administrativa e de programação, como AWS App Mesh e Google Anthos, serão desafiados pelo líder de código aberto Istio, Mesher e Consul Connect.
Enquanto isso, serviços serverless (sem servidor), como AWS Lambda e Google kNative, que os clientes usam para rodar aplicativos sem criar e manter a infraestrutura para operação, continuarão a oferecer aos desenvolvedores novos modelos de programação.
Fonte: CIO