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Problemas com gerenciamento de identidade dos usuários representa maior parte das violações de segurança na nuvem

December 19, 2018 by
Problemas com gerenciamento de identidade dos usuários representa maior parte das violações de segurança na nuvem
Kleber Leal by Zamak Portal
A primeira preocupação que vem à mente das pessoas quando se fala em segurança na nuvem é o medo do ataque de cibercriminosos. Afinal, quem proporcionaria mais risco à identidade dos usuários do que aqueles que se dedicam em tempo integral a descobrir novas formas de contornar controles de segurança, obter acesso ilegal, roubar informações ou abusar de recursos? Sim, o cibercrime representa uma ameaça significativa a qualquer ambiente que precisa ser combatida constantemente. Em termos de controles de segurança, a nuvem fornece um leque de opções tecnológicas que pode proteger muito bem até mesmo os ambientes que demandam o mais alto nível de cibersegurança, a grande questão é que seguimos deixando de lado um fator essencial dentro da segurança da informação: como o fator humano têm facilitado a vida dos cibercriminosos. Os números são alarmantes. Uma pesquisa feita a partir dos clientes da Netskope -  fornecedora de cibersegurança para a nuvem - apontou que 71,5% das violações que ocorrem na Amazon Web Services (AWS) ocorrem com gerenciamento de acesso e identidade (IAM, na sigla em inglês). Ou seja, a maioria é fruto do roubo de credenciais (login e senha) dos usuários desse serviço, mostrando que a extrema ponta da segurança (as pessoas) continuam sendo o gargalo na questão de ciberataques. Segundo Paolo Passeri, diretor de Ciberinteligência da Netskope, os hackers conseguem as credenciais com uma combinação de ataques que vão desde sofisticados ataques de phishing a utilizar senhas coladas em post-its nas telas de “colegas” de trabalho. Para o especialista, os usuários não há um controle sobre a criação de senhas para garantir que elas sejam seguras (misturando diferentes tipos de caracteres) e nem mesmo para assegurar seu critério de confiabilidade. “As pessoas preferem usar sequências numéricas fáceis de lembrar.” Outro problema é que os provedores de nuvem, e nisso se inclui não só a AWS como também seus principais concorrentes, não compartilham a responsabilidade do acesso às aplicações. “Eles poderiam reforçar suas políticas e obrigar seus usuários a seguir certas regras. Há algumas ferramentas que podem checar o acesso para ver se os administradores seguem as recomendações de segurança”, explica. “Até mesmo usar múltiplos fatores de autenticação, como tokens, é uma forma de minimizar o vazamento de credenciais.” Mas as empresas usuárias de nuvem também devem ser mais críticas ao utilizar a cloud. “Não podem esquecer da segurança. Trabalhar de qualquer lugar a partir de qualquer dispositivo é ótimo, mas há riscos que as empresas correm, como a segurança da rede que utilizam ou mesmo do próprio dispositivo”, lembra Passeri. Isso porque atacantes querem chegar à nuvem para ter acesso à rede das empresas e começar a praticar outros ataques, ou mesmo utilizar a infraestrutura da nuvem (que é paga pela vítima) para gerar criptomoedas, por exemplo, ou para hostear malwares. Enquanto a pesquisa da Netskope aponta que muitos desses incidentes foram considerados críticos, é necessário entendermos que a maioria poderia ter sido facilmente evitada usando uma combinação dos recursos de proteção fornecidos pela própria AWS juntamente com a educação/conscientização dos usuários e, especialmente, administradores dos serviços de IaaS ou PaaS. De qualquer forma, a educação continua no topo da pirâmide da segurança, acima de firewall, antivírus, etc., conforme aponta o especialista da Netskope. “A tecnologia consegue ajudar a barrar erros humanos, mas não é o suficiente. As empresas precisam ter políticas de segurança”, encerra Passeri. Fonte: Ip News  
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