23 de enero de 2019
por
Kleber Leal by Zamak Portal
As vulnerabilidades são um dos elementos frequentemente identificados nos incidentes de segurança e, juntamente com outras ameaças, como exploits ou malwares, tornam-se um risco latente. A ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças, revela que o ano de 2018 atingiu seu ponto máximo, superando os anos anteriores, e detalha quais foram os tipos mais frequentes.
A gravidade das vulnerabilidades é determinada por diferentes fatores, como o impacto na confidencialidade, integridade ou disponibilidade da informação, bem como o vetor de ataque usado, a complexidade do ataque, os privilégios solicitados ou a interação com o usuário. Para isso, é necessário um sistema que permita o cálculo de efeitos negativos.
É importante ressaltar que o crescimento poderia ter sido maior, visto que não são levadas em conta as vulnerabilidades zero day – aquelas desconhecidas do público e do próprio desenvolvedor do programa, que, a partir da detecção possui “zero dias” para corrigir, ou seja, o fabricante do software precisa corrigir imediatamente e impedir que elas se tornem públicas e/ou sejam exploradas por criminosos.
Até o final de dezembro, 16.555 vulnerabilidades foram registradas de acordo com os relatórios feitos no CVE (Commom Vulnerabilities and Exposures), o que significa um aumento de 12% em relação a 2017. Isso dá uma média de 46 ameaças relatadas por dia durante 2018. Porém, as mais críticas (com uma avaliação maior ou igual a 7 e 9 de acordo com o CVSS v3.0) tiveram uma leve queda, se comparado ao ano anterior.
Os produtos com mais vulnerabilidades em 2018 foram a distribuição de Linux denominada Debian em primeiro lugar, seguido pelo Android no segundo. Outros sistemas amplamente utilizados que aparecem no ranking são o Ubuntu em terceiro lugar, o Enterprise Linux Server da Red Hat em quinto e o Windows 10 em décimo. Apesar do Debian ser o primeiro lugar em vulnerabilidades, durante o ano de 2018 as detecções de códigos maliciosos especificamente projetados para afetar o Linux representam apenas 1% do total de detecções, enquanto que para sistemas operacionais da Microsoft o número aumentou para mais de 6%
Os fabricantes com mais vulnerabilidades em 2018 foram o Debian (903), Oracle (690) e Microsoft (674), enquanto os aplicativos foram Firefox (333), Acrobat DC e Acrobat Reader DC (286) e PhantomPDF (223), e os fabricantes com os casos mais graves são Adobe (8,80), Qualcomm (8,50) e RealNetworks (8,50).
Os tipos mais frequentes de vulnerabilidades em 2018 foram execução de código (23%), ataques de overflow (18%) e Cross Site Scripting, ou XXS (15%). Além disso, 79% são relacionadas à execução de código eram graves (pontuação de criticalidade maior ou igual a sete). Não é surpresa, então, que a exploração de vulnerabilidades seja um dos vetores de comprometimento mais utilizados. Essas vulnerabilidades têm impacto sobre usuários domésticos e empresas.
“As vulnerabilidades continuarão a aparecer ano após ano, porque são inevitáveis e inerentes ao desenvolvimento de aplicativos e dispositivos. A ESET defende que a prevenção e o conhecimento são a chave para permanecermos seguros e desfrutarmos da tecnologia disponível do ponto de vista da segurança”, completa Camilo Gutierrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.
Fonte: Security Report
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